A Petrobras só vai entrar no segmento de eólicas offshore após a definição do marco regulatório para esse tipo de geração de energia, disse nesta segunda-feira (19) o diretor de transição energética e sustentabilidade da companhia, Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, o ato de estabelecer o marco legal não é o único fator decisivo para a Petrobras atuar neste segmento. Também é necessário a realização de leilões para concessões das áreas marinhas para a implantação de eólicas offshore. Para a construção, segundo ele, os empreendimentos têm que ser economicamente viáveis e ter demanda pela eletricidade. Tolmasquim destacou que o país tem potencial de aumentar em 100 vezes a capacidade instalada atual de energia solar, que é da ordem de 30 gigawatts (GW). Da mesma forma, o país possui potencial de aumentar em 25 vezes a capacidade eólica terrestre [onshore], também em torno de 30 GW.

Tolmasquim destacou ainda que o Brasil tem ventos que permitem maior produtividade das usinas eólicas, na comparação com a Europa, região que aposta mais fortemente no segmento. “Um aerogerador instalado no Brasil tem capacidade de produzir o dobro da energia na Europa”, disse. A estatal tem estudado entrar em segmentos específicos de energia renovável, como eólicas offshore, hidrogênio verde e captura e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês). A companhia tem protocolados cerca de 23 GW de projetos eólicos offshore no Ibama.

Fonte: Valor Econômico