Recentemente, uma nova tecnologia promete transformar completamente o cenário atual: um tipo de material capaz de absorver a energia do sol e liberá-la de forma controlada, sem a necessidade de baterias convencionais. A descoberta desta tecnologia revolucionária remonta há alguns anos atrás, quando pesquisadores japoneses sintetizaram uma cerâmica com estrutura ultra-porosa. Naquela época, já se suspeitava de suas propriedades únicas em absorver calor e radiação solar.

Contudo, foi uma equipe de cientistas do Reino Unido que confirmou a capacidade deste material de capturar diretamente a energia solar e armazená-la para uso posterior.

O material, conhecido por sua estrutura de Metal-Organic Frameworks (MOFs), é composto por íons metálicos ligados por moléculas de carbono, formando uma estrutura tridimensional ultra-porosa. Essa característica permite que pequenas moléculas, como o azobenzeno, se alojem em sua estrutura e atuem como um “foto- interruptor”, capaz de mudar de formato ao absorver luz solar.

Utilizando uma analogia simples, o processo pode ser comparado ao comportamento de uma mola: quando comprimida, a mola acumula energia e, ao ser liberada, retorna ao seu estado natural, liberando essa energia acumulada. Da mesma forma, as moléculas de azobenzeno armazenam energia ao mudarem de formato e, quando expostas a uma fonte de calor, liberam. Este avanço tecnológico apresenta um potencial enorme para o armazenamento de energia solar de forma mais eficiente e sustentável. Alguns testes já demonstraram a capacidade do material de reter energia por pelo menos quatro meses, um feito impressionante se comparado às limitações das baterias convencionais.

O grande desafio agora é desenvolver métodos para armazenar e liberar essa energia em grande escala. A viabilidade dessa tecnologia para uso comercial e residencial poderia significar uma verdadeira revolução no setor de energia renovável, especialmente em termos de sustentabilidade e eficiência energética.

Fonte: Click Petróleo e Gás