O projeto inaugurado pelo Governo de São Paulo de uma usina de energia solar flutuante sobre a represa Billings deve colocar o Brasil entre os maiores atores do mundo no setor.

A UFF (Usina Fotovoltaica Flutuante) Araucária, na zona sul de São Paulo, produz força a partir de painéis solares que flutuam sobre a represa, um método defendido por especialistas como mais eficiente na geração de energia limpa — ainda que com capacidade muito aquém de sistemas tradicionais, como hidrelétricas.

O governo instalou 10,5 mil placas solares sobre a represa, com 5 MW de potência (7 MW no pico), que pode produzir até 10 GWh por ano, o suficiente para abastecer 4.000 residências.

Até o fim de 2025, no entanto, essa potência deve ser ampliada até chegar a 80 MW. É esse montante esperado ao final do empreendimento que colocará o projeto entre os maiores do mundo.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não tem um levantamento específico de usinas flutuantes.

Entre as usinas fotovoltaicas (energia solar) em geral em operação, não só flutuantes, esta pode ser a quarta maior do Brasil ao fim do projeto, atrás apenas de Serra do Mel 1 e 2 (com 137,5 e 103,1 MW, respectivamente), no Rio Grande do Norte, e Sol do Sertão 8 (95,2 MW), na Bahia.

Um levantamento de 2022 da consultoria especializada Solarplaza com as maiores
usinas flutuantes do mundo apontou apenas seis delas com potência superior ao projeto anunciado em São Paulo, de 80 MW. Todas estão na China, que tem 78,6% da capacidade de geração em usinas flutuantes do mundo.

A maior usina flutuante nos Estados Unidos, em Nova Jersey, tem 8,9 MW de potência.

O investimento foi de R$ 30 milhões, segundo o governo. Até o fim do ano que vem, com a expansão da usina para 80 MW, o investimento deve chegar a R$ 450 milhões.

Fonte: Valor Econômico