O Projeto de Lei sobre as Eólicas Offshore, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no ano passado, deverá ter um relator no Senado designado ainda essa semana. A aprovação do PL no Senado possibilita que o leilão de uso de áreas uma etapa inicial, porém primordial para o desenvolvimento de projetos, seja realizado. O país irá atrair a cadeia de suprimento global e o atraso nas decisões pode fazer com que o Brasil possa perder o título de ‘bola da vez’ do mercado para outro país. A velocidade da transição energética está sendo afetada pela geopolítica, por conta das guerras na Rússia e no Oriente Médio. Segundo a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, Elbia Gannoum, O Brasil, enquanto potencial líder da transição, precisa dar um rápido posicionamento, dando um sinal correto de investimento. “Para a eólica offshore, é muito importante dar um sinal para a cadeia de construção”, aponta. Embora o Brasil tenha uma grande capacidade renovável, não possui recursos para fazer política com elas, como fez o EUA, com a Inflation Reduction Act (IRA). Isso faz com que o país se volte para as suas características e identificar onde está a sua principal força. “É necessário monetizar, dar sinal ao investimento, criando uma estrutura regulatória”, comenta. A presidente da associação salientou que esse é o momento de discussão entre os agentes, de avaliar as experiências internacionais.

Fonte: Canal Energia