O mercado de compensação de carbono brasileiro apresenta uma oportunidade crescente para Kyle Harrison, head de pesquisas sustentáveis na BloombergNEF. Segundo ele, as dez maiores empresas do País geram 177 milhões de toneladas de CO2E todos os anos. “Se todas atingirem suas metas estipuladas de net-zero, a temperatura pode cair até 2°C. As emissões residuais, que são mais difíceis de impedir, ainda gerariam 96 milhões de toneladas de CO2E”, conta.

Por isso, ele afirma que o mercado de carbono tem uma grande oportunidade no Brasil. Enquanto muitas empresas buscam comprar créditos de carbono, mas têm receio da qualidade do CO2 comprado, o Brasil pode se destacar com a venda de carbono de qualidade a partir dos investimentos corretos.

A precificação dos créditos também pode estar nas nossas mãos, uma vez que o País está no centro das discussões ao longo dos próximos dois anos, com a liderança do G20 e a COP30, em Belém. “O Brasil já é líder em soluções baseadas na natureza para a mitigação climática. Com investimentos públicos e privados, essa ação pode definir o que é um preço justo para um crédito de carbono. Estimamos que a venda de carbono de qualidade por atingir US$ 243 por tonelada”, informou Harrison.

Fonte: Exame